Sílica, qual o risco da Exposição?

01/09/2015
Geral

Ao contrário do que muitos profissionais de Segurança do Trabalho acreditam, o Brasil não possui limites de exposição ocupacional para sílica, e sim limites de tolerância para “Poeiras Contendo Sílica”. A sílica também conhecida como quartzo, cristal ou simplesmente pela fórmula química SiO2 é um dos minerais mais presentes na crosta terrestre sendo encontrado em diversos tipos de rochas, como Gnaisse, Granito, Calcário, Areia, entre várias outras tanto do tipo ígneas, metamórficas quanto sedimentares. As poeiras inorgânicas que possuem sílica em sua composição são as que podem causar algum tipo se doença ocupacional no sistema respiratório em função do tempo de exposição e concentração no ambiente de trabalho se o trabalhador estiver exposto sem o protetor respiratório. Porém não existem efeitos nocivos significativos de contaminação por ingestão ou contato com a pele. Nas empresas é muito grande o interesse do controle de poeiras contendo sílica, porque possui uma particularidade agravante: os efeitos da doença ocupacional causada por este agente não cessam depois de eliminada a exposição. Por exemplo: Se um trabalhador ficou por um determinado período exposto à poeira contendo sílica sem proteção adequada ou com proteção ineficaz e adquiriu uma doença ocupacional chamada “Silicose”, mesmo que este trabalhador venha a se retirar do ambiente de trabalho no qual adquiriu a doença, ou seja, mesmo que ele elimine a exposição, os efeitos da Silicose continuam depois de eliminada a exposição. Num passado não muito distante na região de Nova Lima, aqui no estado de Minas Gerais houve um período em que foram notificados muitos casos de Silicose em trabalhadores de mineração. O principal motivo da eliminação da atividade de “Jateamento de Areia” para limpeza de peças metálicas  em várias empresas foi o alto risco de esta atividade causar “Silicose”. Prevenir doenças ocupacionais causadas pela exposição a poeira contendo sílica é fácil, basta utilizar um protetor respiratório adequado, que se ajuste adequadamente ao rosto do usuário, e também  que seja feito um ensaio de vedação facial preferencialmente quantitativo. Importante também salientar que todo usuário de proteção respiratória não possua barba para não interferir na vedação, caso o usuário de proteção respiratória tenha uma perda de peso acima de 10% ao ano, deverá realizar um novo ensaio de vedação e verificar se o tamanho da “máscara” precisa ser mudado. O bom desempenho do protetor respiratório dependerá de vários fatores, em especial o treinamento. Quanto menor o tamanho das partículas das poeiras contendo sílica maior é o risco de adquirir uma doença ocupacional, partículas menores que 10 µm são capazes de penetrar nos alvéolos e prejudicar o pulmão. A proteção respiratória em ambientes com poeira contendo sílica é a melhor prevenção.

Newsletter

Receba informações sobre a as novidades da Antecipar Engenharia